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CIDADANIA E CIVISMO
Presentemente ouvimos grupos de pessoas e até a própria imprensa a discutir o tema de direitos, da cidadania, da consciência e o papel do cidadão na sociedade. A necessidade em ser-mos unidos e caminhar na frente única da prosperidade de Portugal.
A palavra cidadania hoje encontra-se presente em muitos discursos políticos, em vários eventos sociais, ocultando muitas vezes significativa distância entre a teoria e a realidade das pessoas excluídas socialmente.
O direito à cidadania deveria ser o direito de todos à participação e uso dos bens materiais e culturais duma determinada comunidade e criados pela sociedade em todas a sua dimensão.
Um exemplo do passado recente no civismo era quando todos que se sentiam motivados a cantar o Hino Nacional e participar nas comemorações com a dignidade patriótica.
Todavia, a decadência desta era tem-se vindo a denotar diariamente.
O aparecimento da atual sociedade, instável, inovadora e em constante mutação ultrapassa-se à memória; o futuro domina o passado, os modelos são postos à prova.
Nesta sociedade turbulenta em que vivemos, cada vez mais afastada duma estabilidade, com gerações em constante transformação, refém da ideologia da novidade, sente-se que a memória vai perdendo o fio condutor merecido e importante.
O civismo acaba por estar em transição e instabilidade.
Como consequência desta sociedade confusa em que vivemos perde-se a civilidade e constantemente ataca-se o próximo com desrespeito, violências descabidas e inimagináveis em nome da subsistência material.
Falar a respeito da cidadania e do civismo implica primeiro em civilidade, e como não podemos viver sem um ideal, para estabilizar esta sociedade pluralista na dignidade, torna-se importante a maturidade educacional.
Com uma aprendizagem que favoreça o acesso e permanência de todos na escola sem qualquer tipo de politização envolvente, será possível conjugar as características de cada um na construção da cidadania.
Não esquecer que o suporte material nessa formação e desenvolvimento do intelecto das nossas crianças, é a família e o professor.
A educação pelos pais e na escola assume o lugar de destaque na conjugação dessas questões, sensibilizando em cada ser humano um projeto específico de vida para se desenvolver plenamente num verdadeiro cidadão, na realização de seus deveres e atento aos seus direitos, o que lhe dará consequentemente valorização do seu bem estar e evolução do nível de felicidade.
Só a descoberta continuada da personalidade de cada um, das suas sensibilidades, característica e apetências, a partilha da virtudes e lacunas de cada um entre todos, poderá desenvolver a civilidade e trazer o civismo para a vida do cidadão.
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