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Os festejos de verão em honra dos padroeiros das aldeias, são uma expressão cultural e de fé.
Crentes ou não, mais praticantes ou menos, toda a população nesta altura do Verão não deixa de participar nas suas festas anuais, um pouco por todo o concelho.
Sucedem-se em louvor ao Senhor ou em homenagem ao orago ou padroeiro invocados nas paróquias. Mesmo em simples capelinhas, o povo na sua devoção não deixa de manifestar a sua religiosidade, festejando com alegria espiritual que transborda, também em manifestações de carácter popular.
Agosto é o mês fértil nestas manifestações de fé com festas de tradições populares onde, em cada aldeia do concelho, tem maior expressão na festa da sua Padroeira.
O emigrante com a necessidade determinante em responder às diversas carências das suas famílias das suas terras, leva na bagagem uma imagem ou estampa da Santa devota da aldeia e Nossa Senhora de Fátima, como sua protectora na saga da emigração.
O carinho e devoção popular são bem expressos nas promessas e na presença constante que os imigrados para a cidade ou emigrados para o estrangeiro, mantêm na sua terra que faz, anualmente, chorar de alegria os que a reveem.
De modo algum estas manifestações populares podem acabar. Se bem que os arraiais de hoje sejam diferentes dos de há dezenas de anos atrás, porque os tempos mudaram, eles continuam a ter um cunho de raiz popular que não dissocia a fé da sã alegria popular.
A festa anual de Agosto ostenta quase sempre nos cartazes a imagem do padroeiro da terra.
Corresponde ao tempo mais agradável e relaxante para todos na aldeia.
Permite que cada um se sinta livre do stress quotidiano, tenha a boa disposição, possua tempo para os amigos, família e comunidade.
A festa evoca boa alimentação, convívio de amigos, roupas novas e divertimentos.
A festa anual da aldeia desempenha uma função importante no robustecimento da identidade e da vida comunitária do povo.
É o momento em que as pessoas da terra se encontram com as suas raízes, evocam as suas memórias comuns, convivem de forma simples e alegre, abrem as portas e procuram apresentar aos de fora a sua melhor imagem. Nesta época de individualismo e de estranheza mútua, temos o dever de apreciar e salvar as festas dos padroeiros como uma oportunidade de enriquecimento pessoal, social e católico.
Estas festas têm características peculiares. São participadas por todos: a festa é de todos, feita por todos, vivida por todos. Mesmo quando se convidam os de fora, é para vir à "nossa festa". Revestem, por outro lado, uma dimensão solene, sagrada que leva a contemplar a dimensão transcendente da vida. Uma festa do padroeiro que não tenha uma missa festiva e uma procissão pelas ruas da aldeia, esquece a postura religiosa da festa e perde, consequentemente e seu valor e consistência.
A nossa população dá relevo aos vários ritos religiosos, participando na missa e na procissão como o ato central de todos os elementos do programa festivo. Enfeitando as ruas e as casas para o momento é uma forma de mostrar o apreço por tais atos religiosos.
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