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Em cada esquina da cidade há um café, um restaurante, uma pastelaria...o lugar onde se dirigem as populações urbanas por várias razões: beber um café, tomar o pequeno almoço, abastecerem-se de pão ou pasteis, ou até mesmo saborear uma bebida e petiscar uma refeição, porque as necessidades fisiológicas o exigem.
Os espaços assinalados são atraentes e sedutores, muita higiene, traços de moderna engenharia, mas... sem alma, ou seja: os clientes entram e saem, fornecem-se ou tomam o seu café, e saem quase sempre stressados para as suas vidas rotineiras. É esta, a principal filosofia e função do café de cidade - quanto mais bem localizado, mais atraente, sedutor for, e melhores modernices tiver, é para onde as massas populacionais se vão então deslocar.
O valor e interesse da taberna tradicional, muitas vezes com mercearia adjacente e o café da aldeia, são de extrema importância para o equilíbrio e uma salutar convivência entre conterrâneos e amigos.
São uma mais valia das populações das aldeias, estabelecimentos que, não sendo de modo algum um "espaço cultural", se identificam como principal local de conversas, debates, entretimentos como, o jogo das cartas e assistir a programas televisivos.
É assim que se passam as tardes de Domingo, os intervalos do trabalho nas nossas aldeias do interior, sempre em ambiente agradável e com "toque" familiar.
E é aqui o ponto de encontro diário, onde as notícias locais e nacionais estão sempre em dia.
É também onde se delineiam estratégias e acordos políticos e este ou aquele mostra o seu talento, como poeta, cantor, ou tocador de concertina, como o que observamos no filme desta publicação, à porta da Taberna da Srª Anunciação Tavares em Freixinho – Sernancelhe. Apreciamos a exibição do Sr Agostinho da Ponte do Abade para algumas mulheres da aldeia, enquanto os seus maridos no interior, jogam às cartas.
Convívios puros e saudáveis, da máxima importância ao equilíbrio psíquico e bem-estar das populações locais.
Ambientes são sempre acolhedores, sem os luxos e as picuinhices dos bares e cafés citadinos, mas com algo invisível que seduz e atrai amigos e conterrâneos - ALMA.
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